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Técnicas de Estamparia

As aparências finais de um tecido, assim como sua adequação a um uso específico, estão determinadas pelas técnicas que compõem seu processo produtivo. 
Todas as etapas são importantes para a obtenção de um resultado estético esperado e seu desenvolvimento muitas vezes foi requisitado pelo designer, isto é, os técnicos investigaram processos que tornassem possíveis aquilo que a imaginação criava! 
Muitas das técnicas usadas hoje em dia, são resultado do aperfeiçoamento de técnicas até mesmo milenares, uma vez que, desde sempre, o homem procurou adornar as suas vestes. 
Podem ser consideradas os "princípios" de impressão têxtil por terem sido parcialmente mantidas quando da mecanização dos processos. 
Os chintz indianos eram produzidos antes do século XV com essa técnica que, mais tarde, evoluiu e chegou a ser mecanizada.
 
Estêncil: Técnica muito antiga identificada em fragmentos de vestes dos fenícios, é possível graças à execução de "moldes vazados". 
Com a utilização de diferentes tipos de materiais, como papéis e plásticos em geral, as lâminas são recortadas e as áreas que se pretendem colorir, vazadas. 

Batique: de origem javanesa, o batique é executado com a aplicação de uma cera que faz o papel de "contorno" ou "reserva" em determinadas áreas dos tecidos. 
A cera derretida pode ser aplicada manualmente com a utilização de ferramentas adequadas ou, ainda, colocadas num carimbo com contornos côncavos e depois transferida para o tecido por pressão. 
Depois da área ter sido reservada, a aplicação das cores é bem cuidadosa e feita manualmente inúmeras vezes, já que a cada nova aplicação de cor outras áreas devem ser reservadas. 

Serigrafia: técnica que equivale ao que atualmente chamamos de silk-screen, nela, um tecido com trama bem fina é esticado em um bastidor e determinadas áreas são reservadas com substâncias de vedação (como gomas). 
Colocando-se o bastidor sobre o tecido a ser estampado e passando com o auxílio de um rodo a tinta sobre ele, as áreas reservadas não permitirão a passagem da tinta para o tecido. 

Perrotine: em 1834, um francês chamado Perrot inventou um sistema mecanizado de impressão com o uso de blocos que ficou conhecido por perrotine.A máquina nunca foi muito popular na Inglaterra porque na mesma década um inglês desenvolveu outro equipamento mais eficiente (impressão por cilindros). 
Assim mesmo este equipamento incrementou a produção em 250% com um excelente registro de cores, já que toda a largura do tecido era impressa simultaneamente. 
A maior desvantagem continuava a ser a limitação do rapport (5,5"), devido à largura dos blocos. 
A partir princípio do processo de gravação denominado intaglio, isto é, quando o desenho e gravado em baixo-relevo numa chapa de cobre, desenvolveram-se os cilindros de cobre para a impressão de tecidos. O desenvolvimento deste equipamento e de seu uso para os tecidos envolve muitas etapas e conquistas, de maneira que não tem uma data precisa. 
 

Cilindro gravado: invenção atribuída ao escochês Thomas Bell que a patenteou em 1783, caracteriza-se pela transferência da cor do depósito de tinta por um cilindro entintado para o alto relevo do cilindro gravado, de maneira que não há a necessidade de se retirar o excesso de tinta do cilindro. 
Consiste na execução de um quadro no qual se estira uma gaze muito fina e, áreas previamente vedadas ou vazadas, permitem ou não a passagem da tinta para o tecido, por meio de pressão feita com um sistema de rodos. 

Cilindros microperfurados: uma junção das máquinas cilíndricas com o princípio da serigrafia, nestes equipamentos a tinta é depositada no interior do cilindro que teve áreas previamente vedadas ou liberadas por processos fotomecânicos. 
Apesar da tecnologia de impressão digital ter sido apresentada publicamente ainda na década de 1990, foi apenas no século XXI que seu uso estendeu-se e sua produção começou a ser ampliada. 
Um equipamento de interpretação de imagem acoplado à impressora, recebe os dados de impressão (a imagem) e os cartuchos de tintas depositam as cores sobre o tecido conforme o desenho. 
Além dos cartuchos CMYK (cyan, magenta, yellow e black), muitas impressoras possuem outros cartuchos complementares que variam conforme o fabricante do equipamento. 
Por essa razão, foram desenvolvidos, também, equipamentos de pré e pós-impressão que auxiliam na obtenção de uma melhor qualidade de impressão, preparando o tecido para receber o corante ou pigmento e, também, auxiliando na fixação da cor após a impressão. 

Os equipamentos de impressão digitais permitem que o desenho obtido tenha raporte ilimitado, grande número de cores, encaixe perfeito e muitos outros benefícios criativos. 
Estamparia digital representa grande avanço na tecnologia de impressão de tecidos e, além de ser utilizada para o vestuário, tem sido muito usada na área de decoração e sinalização.