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Como escolher o tecido ideal para a casa

Toda casa precisa estar bem-vestida para que sua decoração seja acolhedora. Mas como fazer isso, se no mundo dos tecidos decorativos há inúmeras composições, acabamentos e usos?

Sabe aquela pessoa impecavelmente bem-vestida, que impressiona pelas escolhas e combinações? Com a casa é a mesma coisa. De nada adianta comprar seda pura e não aplicar no lugar certo, ou ter um jacquard de grife e não usar a seu favor. “Antigamente, as pessoas entendiam mais de tecidos. De uns tempos para cá, com os móveis prontos, elas pararam de se interessar por esse assunto.

Para conhecer esse universo, o primeiro passo é pensar no que se quer revestir. Uma regra básica: “Em almofadas, por exemplo, não tem problema se o tecido for fino. Já para forração mobiliária, é necessário usar uma base mais encorpada e resistente”, aponta Janaína Matias Amadori, gerente de marketing da Karsten. Segundo ponto importante: a escolha do tecido passa pelo estilo do ambiente. Para evitar erros, uma dica. “Tire uma foto do ambiente e, quando estiver na loja, cheque os tecidos disponíveis. Isso facilita bastante a visualização”, acrescenta Janaína. Uma terceira questão essencial é observar o material de composição do tecido. Entre as fibras naturais e sintéticas, não há melhores ou piores, e sim as mais adequadas, as que resistirão melhor ao uso em área externa ou interna.

Como classificar todos os tecidos é tarefa complexa. Nós nos baseamos em sua fabricação e listamos, a seguir, os principais exemplos entre os que os teares produzem. Aqui, você vai entender do que precisa. Na loja, uma consultoria especializada é fundamental para saber o que levar para casa.

Ratiers
Particularidades | O tramado deste tear é simples e plano. Sua composição pode ser uma mistura de materiais diferentes ou ser 100% de um só material. Entram neste grupo tecidos como o algodão, o xadrez, o panamá e a lonita.
Indicações | Podem ser usados de diversas formas, mas caem bem principalmente em estofados.
Manutenção | Deve ser semanal. É aconselhável aspirar o pó e escovar. Quando preciso, devem ser lavados a seco, em lavanderia especializada.

Jacquards
Particularidades | Com uma infinidade de fios que podem ser entrelaçados de forma mais complexa, surgem neles desenhos mais detalhados, em alto e baixo-relevo. Bons exemplos são o jacquard tradicional, o gobelim (fala-se “gobelem”), e os tecidos verdadeiramente adamascados. Uma dica: “Tecidos de jacquard mais pesados tendem a durar mais se em sua composição também constarem fibras sintéticas”, explica Daniella Paolone, da Entreposto.
Indicações | Geralmente entram nas forrações de cabeceiras, paredes ou em colchas elaboradas.
Manutenção | Semanal. Deve-se aspirar o pó e usar escova de cerdas macias. Precisam ser lavados a seco, em lavanderia especializada.

Ratiers estruturados
Particularidades | Usam o mesmo tear dos ratiers, mas com fios mais elaborados, batidos e compactos. Por isso, são mais resistentes. Os tecidos maquinetados, o gorgurão, a sarja e o linho estão neste grupo.
Indicações | É mais comum vê-los em estofados, como sofás e poltronas.
Manutenção | Semanal. Aspire o pó e escove. Se precisar lavá-los, confie a tarefaa uma lavanderia especializada.

Brilhantes
Particularidades | Os fios dos tecidos têm brilho natural. São mais delicados e finos, e muito valorizados. Bons exemplos são a seda, o cetim, o xantung e o voile.
Indicações | A maioria, por ser mais fina, não é muito resistente a usos de tráfego pesado. Ou seja, esqueça a ideia de revestir um sofá com seda, por exemplo. Indica-se usá-los em colchas, poltronas pequenas e almofadas.
Manutenção | Semanal. Primeiro aspire o pó e, em seguida, escove. Se precisar lavá-los, leve a uma lavanderia especializada. Jamais lave seda em casa.

Supermacios
Particularidades | Feitos de fios de toque aveludado, são os tecidos mais confortáveis. Resistentes, são ideais para quem tem animais de estimação – em casas com gatos, a camurça sintética é a melhor escolha. Integram essa classificação o chenile e o buclê.
Indicações | Estofados, cabeceira e para revestir paredes.
Manutenção | Semanal. Como indicado nos outros tipos, aspirar o pó e usar escova macia.

Veludos
Particularidades | Feitos em tear próprio, os veludos podem ser naturais ou sintéticos, com fios altos ou curtos. O veludo tradicional, o cotelê e o flamê entram nessa classificação. “Os veludos de hoje são bem resistentes. São testados como se 50 mil pessoas tivessem sentado no tecido sem provocar desgaste”, conta Eduardo Dias, gerente de marketing da Celina Dias.
Indicações | Geralmente são adequados para estofados, cortinas e almofadas.
Manutenção | Semanal. Aspire o pó e limpe, logo depois, com panos de limpeza a seco, vendidos em supermercados.

Especiais
Principalmente em áreas externas, é preciso que os tecidos sejam especiais, já que ficarão mais expostos à sujeira, poluição, sol e chuva. Suas fibras são produzidas com tecnologias para resistir a desbotamento, caso dos Sunbrella, exclusivos da Regatta Tecidos, ou para suportar chuva, como os tecidos Splendor, linha de impermeáveis da JRJ Tecidos. No entanto, mesmo esses itens mais fortes requerem cuidados. “Tecidos especiais não são eternos. É preciso retirar o excesso de poeira, limpar quando cair água e, se molhar, secar ao sol. Em casas de veraneio, as capas são boas opções, pois, se a espuma interna mofar, é possível substituí-la sem perder o tecido que a reveste”, explica Luciana Vieira, gerente de marketing da Regatta Tecidos.

Reciclados
Entre os tecidos especiais de áreas internas, destacam-se os reciclados. Seus fios sãocompostos de sobras da produção de malharias ou oriundos da reciclagem de garrafas PET, que resultam em toque macio. Bom exemplo é a linha EcoSimple, da Fernando Jaeger Atelier, de algodão reciclado e PET, tingida à base de água com estampa exclusiva.

Estampados
Sobre qualquer um dos grupos de tecidos mencionados, podem ser aplicadas padronagens. Há diversas técnicas a serem utilizadas, mas a mais comum, atualmente, é a estamparia digital, pelo bom custo-benefício, pela nitidez e por possibilitar que a combinação de cores seja mais rica.

Metragem: Comprar a mais?
Geralmente, os tecidos medem 1,40 m de largura, em comprimento que varia de acordo com o que o cliente quiser. “Com exceção do voile, muito usado para cortinas e que pode ter até 3 metros de largura”, explica Nicole Oliveira, da Donatelli Tecidos. Mas sempre vem a dúvida na hora de comprar: devemos seguir as medidas que o estofador ou costureiro passar, ou levar um pouco a mais, por segurança? “Siga o que ele especificar. Se for aplicar o acabamento de pré-encolhimento no tecido você deve aumentar essas medidas e adquirir entre 10% a 15% a mais que o pedido”, ela indica. Outra exceção é o tecido estampado, que requer margem maior para que a padronagem fique completa em um pufe, por exemplo. “Nesse caso, há necessidade de aumentar a metragem”, explica Zeco Beraldin, da Empório Beraldin.

Acabamentos para resistir ao tempo
É possível preparar os tecidos para suportar às intempéries, o que também aumenta sua durabilidade. Nesse caso, basta aplicar um acabamento, uma camada que o proteja de situações diversas. “A resistência de um tecido se dá por meio das fibras, do tecimento e também de acabamentos de boa qualidade”, explica Iara Liguori, gerente de tecidos da Artefacto. Entre os destaques, os hidrorrepelentes, por exemplo, recebem proteção para que água e óleo não sejam absorvidos pela superfície. Os acabamentos antichamas retardam a propagação de fogo no tecido em que são aplicados. “Há ainda o pré-encolhimento, a tecnologia antibacteriana e fungicida, e até de estabilidade dimensional, que evita que o tecido amasse”, segundo Zeco Beraldin, diretor do Empório Beraldin. O washed, acabamento exclusivo da JRJ Tecidos, é aplicado em algodões puros. “Ele possibilita lavar o tecido em casa, pois não há risco de encolher”, aponta Júnior Comitre, coordenador de marketing da empresa. A linha Performance, da Quaker Têxtil, leva acabamento antimanchas: “O tecido passa por um processo inovador, em que as fibras de náilon se tornam incrivelmente resistentes a manchas difíceis de serem retiradas”, define Ana Paula Abdalla, gerente de marketing da empresa.

Fonte: www.revistacasaejardim.globo.com